segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Café da manhã mais caro.É o que revela pesquisa da FGV

Montar a mesa para o café da manhã ficou mais caro. E os consumidores já notaram, nos últimos meses, o aumento no valor dos produtos nas prateleiras dos supermercados, como é o caso da telefonista, de Brasília, Maria Helena.
"Hoje você vai na padaria e você já vê a diferença. Onde eu costumo comprar pão, eu comprava com dois reais, oito pães. Hoje eu compro seis pães com dois reais. Se você colocar no caderno, no papel, você vai ver a diferença."
O pão, leite e ovos são apenas alguns dos produtos que tiveram alta nos preços no último ano. Segundo o índice de preços ao consumidor, medido pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV, os itens que compõem o café da manhã tiveram alta de 14 virgula 64 por cento, nos últimos 12 meses. Um número quase nove pontos acima da média prevista para o índice. De acordo com o economista da FGV, André Braz, o principal vilão do aumento dos produtos é a desvalorização do real e a alta do dólar de maio deste ano. Os principais prejudicados são os alimentos derivados do trigo, os laticínios, a soja e o milho. Só no primeiro semestre de 2013, o leite longa vida teve a etiqueta aumentada em 30%. Já o pão francês subiu 12 virgula 45 por cento. O aumento do preço do pãozinho foi provocado pela alta do preço do trigo importado, já que o Brasil não é auto-suficiente nesta produção agrícola. Segundo o economista André Braz, o aumento acima da inflação que aconteceu nos produtos prejudica principalmente o orçamento das famílias de baixa renda.
"Quanto menos de ganha, mais se compromete do orçamento com alimentação. Então qualquer alimento básico que fique caro acaba onerando mais as famílias de baixa renda. O pão francês, por exemplo, ele onera 0,8% da renda de famílias com o orçamento até 33 salários mínimos. Nas famílias mais modestas, que têm renda ate dois salários mínimos e meio mensais, o pão francês já onera 1,9%, ou seja, mais que o dobro que a média das famílias."


Ainda segundo o economista da FGV, André Braz, com a instabilidade do valor do dólar ainda não há uma previsão para a redução dos preços dos alimentos. Em contra partida, dois produtos da mesa do brasileiro não tiveram aumento acima da inflação: o café e o açúcar. O café em pó subiu apenas 1,43%, enquanto o açúcar refinado teve queda de 13,97%, em 12 meses.
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