quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Ato no Rio tem 64 presos, 27 são autuados por crime organizado


De acordo com o Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio (Sepe), que marcou a passeata desta terça para o Dia dos Professores, quando o confronto começou, os docentes já haviam se dispersado. O tumulto se iniciou cerca de 45 minutos depois do ato. Por volta das 20h15, a região foi tomada pela fumaça das bombas lançadas por PMs e por morteiros disparados pelos vândalos. Poucas pessoas circularam no Centro na tarde desta terça já que empresas dispensaram funcionários mais cedo.Carro da PM incendiado

A Polícia Civil divulgou, na tarde quarta-feira (16), o balanço das detenções realizadas após as cenas de vandalismo após protesto desta terça (15), no Centro do Rio. Segundo a nota enviada pela assessoria de imprensa, 64 pessoas foram presas e 20 menores, apreendidos em flagrante. Desse total, 27 foram autuadas com base na nova Lei do Crime Organizado (Lei 12.850/2013), por crimes como dano ao patrimônio público, formação de quadrilha, roubo e incêndio. Os delitos são inafiançáveis.
A Polícia Civil autuou ainda 43 pessoas no crime de formação de quadrilha que, de acordo com a alteração da legislação, se enquadram na Lei do Crime Organizado. Ao todo, 190 pessoas foram conduzidas para oito delegacias da capital, sendo 57 menores de idade. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), o número de detidos passou de 200.E
Em entrevista coletiva durante a divulgação do balanço, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, falou sobre a atuação do grupo de mascarados nas manifestações. "Algumas pessoas e organizações se defendem emprestando sua identidade aos black blocs", disse.
Bolas de fezes
Durante a manifestação foram apreendidas facas, canivetes, estilingues, bolas de gude, esferas de aço, um estilete, um tchaco, uma lâmina de serra, máscaras e escudos. Bolas de festa cheias de fezes também foram encontradas.
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta quarta que um grande esforço é feito para que sejam punidos os responsáveis pelas depredações ocorridas durante e após protestos na capital fluminense.
O confronto

Os mascarados jogavam pedras na direção dos policiais. Um carro da Polícia Militar foi incendiado no bairro da Glória, vizinho ao Centro. A PM não informou quantos homens do efetivo atuavam na região durante o protesto e no tumulto. Em diversos momentos, os mascarados vaiavam os policiais.
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