sábado, 4 de abril de 2015

Pai de jovem morta por namorado faz desabafo após Justiça manter acusado na PM


"Se ele teve sanidade mental para entrar em nosso lar e manter as atividades dele como policial, por que agora ele não tem capacidade para responder a um processo administrativo, de expulsão da polícia"? Esse foi o questionamento de Elson Cabral Filho, pai da jovem Ana Clara Cabral, de 19 anos, assassinada em fevereiro, sobre a decisão da Justiça em suspender o procedimento administrativo contra o soldado da Polícia Militar, Itamar Rocha Lourenço Júnior, principal suspeito de cometer o crime.
Itamar corria o risco de sofrer um processo administrativo demissionário na PM. No entanto, a juíza Sayonara Couto Bittencourt, da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde, aceitou a alegação da defesa, de que o policial não poderia ser interrogado, como foi no processo administrativo, porque estaria apresentando sinais de depressão grave desde outubro de 2013. A decisão foi deferida no dia 18 de março.
A defesa disse ainda que Itamar faz uso de medicamentos controlados, com atendimento junto ao Departamento de Perícias Médicas da Polícia Militar e com prescrição médica para afastamento da atividade laboral. De acordo com os autos, a defesa do soldado alega que o processo administrativo, pedido pela Corregedoria da Polícia Militar, não está respeitando o Regulamento Disciplinar dos Militares Estaduais.
"É uma coisa totalmente inadmissível! Esse indivíduo é uma pessoa nociva para a sociedade. Até onde nós conhecíamos o Itamar, ele era uma pessoa totalmente normal. Por que ele não poderia responder a esse processo, devido a um ato tão hediondo que cometeu? Nós não conseguimos entender isso", indignou-se o pai de Ana Clara.
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