Um aluno de uma escola capixaba foi indenizado em R$ 15 mil após passar por constrangimentos dentro da instituição. O menino foi submetido a uma revista íntima após o cartão de passagem da professora de artes sumir dentro da sala de aula. Não só ele, mas outros estudantes também passaram pelo mesmo procedimento.
De acordo com informações divulgadas pelo tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o caso aconteceu em outubro de 2010 em uma escola estadual. A professora teria percebido que o cartão havia desaparecido e chegou a perguntar aos alunos se alguém avia visto. Como ninguém sabia do paradeiro do cartão, ela resolveu acionar a coordenação.
A coordenadora da instituição resolveu revistar todos os pertences dos estudantes. Como não encontrou nada, ela e outra coordenadora encaminharam os alunos de três em três ao banheiro para que eles tirassem a rouba e a revista íntima fosse feita.
O juiz entendeu que de fato o autor foi submetido a constrangimento reprovável, sem nada que justifique a atitude dos coordenadores da escola. O magistrado ainda ressaltou alguns pontos graves da atitude do coordenador, dizendo que, “não satisfeitos com a situação vexatória vivida pelo estudante em sala de aula, os coordenadores encaminharam o autor ao banheiro determinando que ele retirasse toda a sua roupa, causando desconforto e constrangimento perante terceiras pessoas”.
