domingo, 22 de novembro de 2015

Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce, em Linhares, no Espírito Santo.




A lama mudou a cor da água do Rio Doce na praia de Regência, onde o rio deságua no mar, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, na tarde de ontem. Por volta das 16 horas, a água começou a ficar na tonalidade marrom. Uma barreira de 09 quilômetros foi montada para proteger a fauna e a flora na região e amenizar os impactos da lama. O Serviço Geológico do Brasil informou que não tem previsão para que a parte mais densa dos rejeitos de mineração da barragem da Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, chegue à foz.
A lama está em três municípios do estado: Linhares, que não usa as águas do Rio Doce para abastecimento da cidade. Baixo Guandu, que passou a usar as águas do Rio Guandu. E Colatina, que há cinco dias parou de usar a água do rio. O rompimento de uma barragem de rejeitos de minério aconteceu no dia 05 de novembro e causou uma enxurrada de lama no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de minas Gerais.
Na  última quarta-feira, a Justiça Federal deu um prazo de 24 horas para a Samarco apresentar um plano de emergência para diminuir os impactos da lama no estado. Na última quinta-feira à noite, a empresa entregou um relatório com o que vinha fazendo e o que planejava fazer, mas o Ministério Público Federal achou as medidas insuficientes. Ontem, o juiz federal Rodrigo Botelho decidiu aceitar o plano que a empresa apresentou e suspender temporariamente a multa milionária. Na próxima segunda-feira, a Samarco vai ter, até 18 horas, para detalhar quais medidas serão tomadas. Se desobedecer, a mineradora vai agar multa de 10 milhões de reais por dia. 

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