domingo, 8 de novembro de 2015

Operações de mineradora responsável por barragens que se romperam podem ser paralisadas no Espírito Santo.




A mineradora Samarco, responsável pelas duas barragens de rejeito que se romperam na última quinta-feira em Mariana, Minas Gerais, divulgou nota hoje na qual afirma que está atenta a qualquer repercussão no Espírito Santo e em constante contato com as autoridades competentes em função do acidente ocorrido nas barragens de Fundão e Santarém. O rompimento das barragens de rejeito (que concentra os resíduos do processo de mineração) destruíram o distrito de Bento Rodrigues, que fica na zona rural da cidade mineira. A lama oriunda do acidente está sendo levada pelo Rio Doce, aumentando o nível do rio e pode provocar enchentes, por exemplo. 

 Segundo o documento.“A expansão da mancha de lama que avança no Rio Doce está sendo permanentemente monitorada pela empresa. A Samarco está tomando todas as providências possíveis para mitigar os impactos ambientais gerados e, em caso de necessidade, auxiliar prefeituras e as comunidades em eventuais ocorrências. A coleta de amostras de água nos trechos impactados já foi iniciada e terá continuidade até a normalização da situação. É importante mencionar que a empresa está, no momento, concentrando seus esforços no atendimento às pessoas atingidas”. 

Ainda segundo a mineradora, as operações da empresa na Unidade de Germano, em Minas Gerais estão paralisadas. Na Unidade de Ubu, em Anchieta, no Espírito Santo, as operações industriais serão paralisadas ao final dos estoques de minério. O mesmo acontecerá com as operações de embarque, que serão interrompidas ao término dos estoques de produtos. Segundo o boletim divulgado ontem pelo Serviço Geológico do Brasil, que monitora 24 horas a cheia do Rio Doce provocada pelos rompimentos das barragens, na tarde de hoje a previsão é que o pico da onda de cheia chegue nas estações de monitoramento de Governador Valadres, em Minas Gerais. Esta onda de cheia, ainda segundo os técnicos que monitoram a região, não irá causar enchentes nos municípios localizados na margem do Rio Doce.
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