segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Oitocentos trabalhadores de terceirizadas da Samarco serão demitidos a partir de março.




Cerca de 800 trabalhadores de empresas terceirizadas que prestam serviços à Samarco no Espírito Santo serão demitidos a partir de março. Segundo os sindicatos dos trabalhadores e das empresas, não houve acordo para manter a remuneração dos funcionários com a mineradora fora de operação. Após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais, em novembro do ano passado, a unidade de Anchieta está com as atividades paralisadas. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo, Manoel Pimenta, são mais de 20 empresas do setor que prestam serviços à Samarco.

 

Boa parte está instalada no município da Serra e, somadas, chegam a um faturamento de 200 milhões de reais por ano. A paralisação das atividades da mineradora impede que as terceirizadas continuem remunerando seus funcionários. Os funcionários que serão desligados atuam nas áreas de manutenção da mineradora e são, em boa parte, mecânicos, eletricistas e caldeireiros. Com a incerteza da volta das operações da Samarco, muitas destas prestadoras de serviço estão redirecionando suas atividades para outros estados.

 


Os representantes dos trabalhadores tentaram um acordo de “layoff”, quando o empregado permanece em casa, mas recebe parte do salário, por meio de adiantamento do seguro-desemprego. No entanto, não houve acordo. Para o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado, Max Célio de Carvalho, os trabalhadores precisam urgentemente da volta das operações da Samarco. Os representantes do Sindifer e das terceirizadas vão a Brasília amanhã buscar apoio do Governo Federal para acelerar a volta das atividades da mineradora com o intuito de diminuir os impactos econômicos que têm sido gerados. A Samarco não se pronunciou sobre a questão até o momento. 

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