Dados de uma pesquisa
realizada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia apontaram que em 2014 de todos os partos realizados pelo SUS no Espírito Santo, 24% deles foram feitos em meninas que com idade entre
10 e 19 anos. Esse número é maior que a média nacional para essa
faixa etária que ficou em 20%. No Espírito Santo foram realizados mais
de 34 mil partos e desses, mais de 08 mil e 200 eram de meninas menores de 19
anos.
Em todo país 75,7% das
adolescentes que têm filhos não estudam e 57,8% não estudam nem trabalham. Cerca
de 30% delas engravidam novamente no primeiro ano pós-parto, e entre 25% e 50%,
no segundo ano e isso afeta a reintegração da mãe à escola e ao mercado de
trabalho. As adolescentes apresentam maior risco de complicações durante a
gestação e mortalidade, sendo o parto a principal causa de morte de mulheres
jovens entre 15 e 19 anos.
Problemas como depressão e
ansiedade também são mais frequentes nesses casos no que em mulheres adultas grávidas. Ainda segundo a pesquisa, os filhos de mães adolescentes correm maior risco
de abandono, menor adaptação escolar e distúrbios de comportamento. A
mortalidade infantil é 04 vezes maior nesses casos em que as mães são
adolescentes.
