terça-feira, 29 de outubro de 2013

Corpo de bombeiros alerta para cuidados com a chegada do calor

Com a chegada dos dias mais quentes, o movimento nas praias, rios, lagoas e cachoeiras aumenta consideravelmente. É nesse período que o Corpo de Bombeiros Militar (CBMES) também registra maior incidência de ocorrências por afogamento. Somente no verão passado, 62 ocorrências deste gênero foram atendidas pela corporação no Estado. Por consequência disso, é preciso que os banhistas fiquem atentos aos principais riscos para evitarem que o período de lazer se torne um desastre.

Segundo o sargento Carlos Alberto Mendes, instrutor de mergulho do Corpo de Bombeiros, é de extrema importância que os banhistas tenham preferência por locais que são acompanhados por guarda-vidas “Pedir orientação sobre qual a parte mais arriscada da praia que eles devem evitar é essencial, bem como permanecer próximo aos socorristas. Assim, em um momento de perigo, o resgate pode ser mais rápido e eficiente”.

Sargento Mendes ressalta que a equipe de guarda-vidas atende a uma coletividade e, por isso, ao levar a família à praia, por exemplo, é preciso evitar se afastar das crianças. “Manter a supervisão sobre elas é fundamental. O auxílio de objetos flutuantes, como bola, prancha de bodyboard, boia ou caixa de isopor também são suportes que evitam riscos. Mas é preciso vigilância para não se afastar da margem”, explica.

A ingestão de bebida alcóolica é outro fator de risco. “Nesse estado a pessoa não tem equilíbrio e muito menos consciência. A vigilância se torna deficiente e o risco de afogamento aumenta”, alerta.

O militar também ressalta que mesmo quem sabe nadar deve evitar natações distantes, pois caso haja cansaço ou câimbra a situação pode ser contida mais facilmente. “O ideal é que os banhistas nadem paralelos à areia e não no sentido perpendicular. Dessa forma é mais fácil retornar para a margem e a chance de resgate é maior”.

Praias de mar aberto são desabrigadas, ou seja, não têm pedras próximas que façam barreiras naturais e impeçam a entrada de fortes ondas e correntezas, essas são as mais perigosas. “É importante estar atento às condições da água e a sinalização que alerta sobre os riscos de afogamento”, alerta Mendes.

A presença das pedras requer cuidados sobre escorregamentos, evite subir nas pedras para não se machucar e por consequência bater com a cabeça.

Cuidados com mergulhos

Mergulhos com saltos de plataformas elevadas podem ocasionar consequências sérias. Obstáculos como pedras e galhos e até mesmo locais rasos podem levar à morte ou a danos cervicais graves. “O desconhecimento sobre a profundidade desses ambientes e os obstáculos que podem existir nesses locais trazem sérios riscos ao banhista. Muitas vezes, esses saltos são realizados de cabeça e a colisão com pedras e galhos pode ser fatal. O risco de dano cervical também é comum em mergulhos em águas rasas”, explica o sargento.

A presença de pedras requer cuidados sobre escorregamentos. “Evite subir nas pedras para não se machucar e por consequência bater com a cabeça ou cair em águas mais profundas”, alerta.

Socorro requer técnica

Caso venha a presenciar um caso de afogamento, mantenha a calma e evite se aproximar se não possuir o treinamento adequado. Acione imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar pelo telefone 193 ou chame um guarda-vidas que esteja próximo ao local.


“Muitas vezes, pessoas sem instrução tentam ajudar e acabam se tornando vitimas também. Pessoas que não possuem preparo para este tipo de socorro deve pedir ajuda de um profissional. Em casos extremos, em que não é possível acionar alguém, é importante evitar o socorro corpo a corpo e sim optar pela utilização de anteparos como cordas, boias, pedaços de madeira para realizar o resgate”, orienta Mendes.
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