
Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de
R$ 319,66 em São Paulo, e levando-se em consideração o preceito constitucional
que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as
despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação,
vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria
ter sido 3,96 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 678.
O valor é menor do que o apurado para julho, quando o mínimo
necessário foi estimado em R$ R$ 2.750,83 (4,06 vezes o piso vigente). Em
agosto de 2012, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.589,78, ou 4,16
vezes o mínimo de então, de R$ 622.
Tempo de trabalho
A instituição também informou que o tempo médio de trabalho
necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em
agosto de 2013, o conjunto de bens essenciais caiu na comparação com julho. Na
média das 18 cidades pesquisadas pelo Dieese, o trabalhador que ganha salário
mínimo teve de cumprir uma jornada de 91 horas e 21 minutos, tempo inferior às
92 horas e 31 minutos exigidas em julho.