
Segundo dados do documento, o total de estupros (50,6 mil
casos) superou o de homicídios dolosos (com intenção de matar) no país. Foram
registradas 47,1 mil mortes por homicídio doloso em 2012, subindo de 22,5
mortes por grupo de 100 mil habitantes em 2011, para 24,3 no ano passado, uma
alta de 7,8%.
Alagoas continua liderando o ranking de homicídios dolosos
com 58,2 mortes por grupo de 100 mil habitantes, mas houve redução da taxa. Em
relação a 2011, o índice recuou 21,9%, ou seja, passou de 2,3 mil mortes em
2011, para 1,8 mil mortes em 2012. No grupo de estados com as menores taxas de
morte por grupo de 100 mil habitantes estão Amapá (9,9), Santa Catarina (11,3),
São Paulo (11,5), Roraima (13,2), Mato Grosso do Sul (14,9), Piauí (15,2) e Rio
Grande do Sul (18,4).
A população carcerária cresceu 9,39%. Em 2011, havia 471,25
mil presos no país, número que saltou para 515,5 mil em 2012. Já as vagas nos
presídios cresceram menos – eram 295,43 mil em 2011 e passaram a 303,7 mil no
ano passado, aumento de 2,82%.
Em média, o Brasil tem 1,7 detento por vaga. Boa parte desses
presos (38%) são provisórios, com casos ainda não julgados. Em sete estados,
mais de 50% da população carcerária ainda aguardam julgamento: Mato Grosso
(53,6%), Maranhão (55,1%), Minas Gerais (58,1%), Sergipe (62,5%), Pernambuco
(62,6%), Amazonas (62,7%) e Piauí (65,7%).
O gasto total com segurança pública totalizou R$ 61,1 bilhões
no ano passado, um incremento de 15,83% em relação ao ano anterior.
Investimentos em inteligência e informação alcançaram R$ 880 milhões, ante R$
17,5 bilhões em policiamento e R$ 2,6 bilhões em defesa civil. São Paulo foi o
estado que destinou mais recursos ao setor: R$ 14,37 bilhões, dos quais R$ 5,73
bilhões foram usados apenas com o pagamento de aposentadorias (Texto: Agência
Brasil)