O
número de mortos chegou a 1.170, segundo o porta-voz da polícia do Nepal, Kamal
Singh Bam, à agência de notícias France Press. Já a agência de notícias Reuters
fala em 1.341 mortos, de acordo com um porta-voz da polícia. Desses, mais de
630 foram mortos no Vale de Katmandu e pelo menos 300 na capital do país.
Os
tremores também foram sentidos no Paquistão, em Bangladesh, no Tibete e no
Monte Everest. De acordo com a agência de notícias EFE, pelo menos onze pessoas
também teriam morrido na China em consequência do terremoto. Uma garota morreu
ao ser atingida por uma estátua em um parque da capital, Katmandu.
Outra
menina, de 15 anos, morreu no norte da Índia, soterrada em sua casa em uma
aldeia perto da fronteira com o Nepal. Há feridos nos dois países, muitos em
estado grave, mas o número oficial não foi divulgado. Segundo o Itamaraty, a
comunicação com as autoridades no Nepal está muito ruim, mas até o momento não
há informações de brasileiros mortos ou feridos. Uma equipe de funcionários da
embaixada está fazendo uma busca nos hotéis e nas comunidades brasileiras para
saber se precisam de ajuda.
O tremor deixou um rastro de destruição em Katmandu.
Há registros de danos em edificios e casas, especialmente nas construções mais
antigas, e também em templos e monumentos. A torre histórica de Dharara,
erguida em 1832 na capital do Nepal, não resistiu ao tremor e foi totalmente
destruída. Ao menos um corpo foi retirado dos escombros. Milhares de pessoas
deixaram seus lares e estão nas ruas da capital, com receio de que casas e
prédios desmoronem.
Testemunhas disseram às agências de notícias que o
terremoto durou entre 30 segundos e dois minutos. O sismo afetou as
comunicações e abriu valas e rachaduras nas ruas e calçadas do Nepal, deixando
uma nuvem de poeira pela cidade.