Depois de ter definido como seria o rito de impeachment, em resposta a uma questão de ordem do líder do Democratas, Mendonça Filho, de Pernambuco, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, voltou atrás e, na sessão desta quinta-feira, revogou sua decisão. Com isso, Cunha volta a deixar em aberto a questão e toma para si o direito de decidir.
Em meados de outubro, depois que Cunha decidiu que, caso ele rejeitasse um pedido para instalação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff o plenário poderia contestá-lo e rever a decisão, parlamentares do PT contestaram a medida no Supremo Tribunal Federal e 03 liminares foram concedidas, inviabilizando a tática que Cunha combinara com a oposição.
Cunha havia recorrido das liminares concedidas pelo Supremo. Os
recursos ainda não foram julgados. No entanto, Eduardo Cunha optou pela
revogação sem explicar por que resolveu rever sua própria decisão. Cunha
deixou no ar qual rito será adotado, caso um pedido de impeachment seja acatado
por ele.