Oitocentos trabalhadores de terceirizadas da Samarco serão demitidos a partir de março.
Cerca de 800 trabalhadores
de empresas terceirizadas que prestam serviços à Samarco no Espírito Santo
serão demitidos a partir de março. Segundo os sindicatos dos trabalhadores e
das empresas, não houve acordo para manter a remuneração dos funcionários com a
mineradora fora de operação. Após o rompimento da barragem da Samarco em
Mariana, Minas Gerais, em novembro do ano passado, a unidade de Anchieta está
com as atividades paralisadas. De acordo com o presidente do Sindicato das
Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo, Manoel
Pimenta, são mais de 20 empresas do setor que prestam serviços à Samarco.
Boa parte está instalada no
município da Serra e, somadas, chegam a um faturamento de 200 milhões de reais por
ano. A paralisação das atividades da mineradora impede que as terceirizadas
continuem remunerando seus funcionários. Os funcionários que serão
desligados atuam nas áreas de manutenção da mineradora e são, em boa parte,
mecânicos, eletricistas e caldeireiros. Com a incerteza da volta das
operações da Samarco, muitas destas prestadoras de serviço estão redirecionando
suas atividades para outros estados.
Os representantes dos
trabalhadores tentaram um acordo de “layoff”, quando o empregado permanece em
casa, mas recebe parte do salário, por meio de adiantamento do
seguro-desemprego. No entanto, não houve acordo. Para o diretor do
Sindicato dos Metalúrgicos do Estado, Max Célio de Carvalho, os trabalhadores
precisam urgentemente da volta das operações da Samarco. Os representantes
do Sindifer e das terceirizadas vão a Brasília amanhã buscar apoio do Governo
Federal para acelerar a volta das atividades da mineradora com o intuito de
diminuir os impactos econômicos que têm sido gerados. A Samarco não se
pronunciou sobre a questão até o momento.