A Justiça determinou, em caráter de urgência, o retorno do vereador Sandro Lima (PEN) às atividades na Câmara de Fundão. O parlamentar estava afastado preventivamente do cargo desde 27 de outubro, como resultado de uma denúncia do Ministério Público Estadual (MPES) que indica seu envolvimento em um esquema de corrupção.
A decisão veio após um mandado de segurança requerido pelo vereador. O desembargador Ney Batista Coutinho, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), concluiu a ausência de elementos concretos na denúncia para justificar o afastamento.
Segundo o advogado do vereador, Felipe Osório, a decisão do desembargador aponta que a denúncia do MPES não apresenta provas palpáveis.
Além do vereador, outra servidora do município, Roberta Pedroni Gorza, irmã do ex-prefeito Anderson Pedroni (PSD) e ex-secretária de saúde do município, também foi afastada do serviço público.
De acordo com o MPES, os dois fazem parte de uma “organização criminosa”, que também seria composta pelo ex-prefeito, pelo advogado Sérgio Telles Vasconcellos e o irmão dele, Hélio Vasconcellos, e o empresário Cláudio Nunes Braga.
A denúncia ainda aponta que Sandro Lima “exercia papel de destaque na associação criminosa, atuando em frentes variadas para a obtenção de propósito ilícito”. O texto indica que houve tentativa para afastar a empresa que presta o serviço de limpeza para o município de Fundão, contratando emergencialmente uma outra empresa, aliada aos interesses do grupo.
Sandro Lima retomou o trabalho na Câmara nesta terça-feira (28) e afirma estar empenhado para investigar possíveis irregularidades no serviço de limpeza urbana da cidade.