A falta
de saneamento transformou o Rio Laripe, na Serra, em um valão. Desaguando na
praia de Manguinhos, o cheiro forte de esgoto já foi responsável pelo
fechamento de comércios na beira do mar. A Companhia de Saneamento do Espírito
Santo (Cesan) estima que 200 mil litros de água suja por dia sejam despejadas
no curso do rio.
Na beirada do mar de
Manguinhos, a faixa de água suja e preta se dissolve no oceano. O cheiro,
porém, fica. Um restaurante que ficava ao lado do rio Laripe fechou há dois
anos. Segundo a proprietária, Norma Louzada, ninguém conseguia almoçar no
local.
O Laripe passa pelos bairros Vila Nova de Colares, Feu Rosa, Ourimar e deságua na praia de Manguinhos, os moradores, porém, conhecem o rio por “valão”.
De acordo com a Cesan,
96% por cento dos imóveis da bacia do Laripe têm sistema de coleta e tratamento
de esgoto, mas, cerca de 400 imóveis, não estão ligados na rede. Isso
representa 200 mil litros de esgoto jogados no rio sem tratamento todos os
dias.