Os
ministros do Tribunal de Contas da União decidiram ontem acompanhar o voto do relator Augusto
Nardes e rejeitaram as contas de 2014 do governo Dilma. Entre as
irregularidades apontadas pela corte, estão as chamadas "pedaladas
fiscais", como são conhecidas as manobras para "maquiar' as contas
públicas.
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, chegou a protocolar
um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para adiar o julgamento das
contas, mas o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, negou o
pedido. O relator apontou
indícios de irregularidades nas contas que somam 106 bilhões de reais. Entre elas, a abertura de créditos suplementares por meio de decreto sem
autorização do Congresso e omissão de informações.
O parecer será encaminhado para o Congresso
Nacional e os parlamentares vão julgar se o governo descumpriu a Lei de
Responsabilidade Fiscal. O julgamento no Congresso pode facilitar a
abertura de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.