A Samarco Mineradora tem que
começar, hoje, a colocar em prática um plano que evite que a lama de minério que
contamina o Rio Doce chegue ao litoral capixaba. A decisão é do Juiz federal
no Espírito Santo, Rodrigo Botelho, e visa impedir que os rejeitos
cheguem no litoral capixaba e contaminem o ecossistema marinho. Cerca
de 20 quilômetros de barreiras flutuantes serão instaladas no litoral do
Espírito Santo, na foz do Rio Doce, que fica na vila de Regência, em
Linhares, pouco antes do encontro do rio com o mar.
Segundo o Iema,
a instalação das barreiras será totalmente financiada pela mineradora Samarco. Para pedir a liminar, o Ministério Público Federal alegou que a chegada dos
rejeitos das barragens no mar "deve acarretar, entre outros impactos, a
contaminação da foz do Rio Doce. O avanço da " da lama tóxica sobre o
litoral capixaba" compromete a balneabilidade das praias e o
turismo do Estado, contamina a vida marinha e afeta unidades de conservação
ambiental, como a de Comboios, Santa Cruz e Costa das Algas, que somam mais de 130
mil hectares.
Ainda de acordo com o Iema, as barreiras ajudarão a proteger a fauna e
a flora, além de riachos da região, garantindo que a lama com rejeitos de
minério seja direcionada totalmente para o mar.