O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes, do PSDB de São Paulo, não
vai participar da reunião da comissão do impeachment hoje, em que começam a ser
ouvidas as testemunhas de acusação. Aloysio deixou o colegiado alegando
"acúmulo de funções". A decisão foi lida ontem, em plenário pelo
presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas.
Antes de deixar a comissão, Aloysio Nunes apresentou um recurso ao
presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, pedindo que fosse
reduzido de 32 para 16 o número de testemunhas da defesa da presidente afastada
Dilma Rousseff. O recurso foi negado ontem, pouco antes do anúncio da saída
do tucano da comissão.
Aloysio Nunes será substituído pelo colega de partido Ricardo Ferraço,
do PSDB do Espírito Santo, que era suplente do PSDB na comissão. Apesar de
não ser membro titular, Ricardo Ferraço participou ativamente da primeira fase
da comissão, em abril. Para a vaga da suplência, o PSDB indicou Ataídes de
Oliveira, do PSDB do Tocantins.