O
Diretório Nacional do PMDB decidiu
hoje, por aclamação, romper oficialmente com o governo da presidente Dilma. Na reunião, a cúpula
peemedebista também determinou que os 06 ministros do partido e os filiados que
ocupam outros postos no Executivo federal entreguem seus cargos. O vice-presidente
da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não participou da
reunião que oficializou a ruptura com o governo sob o argumento de que não
desejava "influenciar" a decisão.
No
entanto, ele teve participação ativa na mobilização pelo desembarque do partido
e passou o dia de ontem em reuniões com parlamentares e ministros do PMDB em
busca de uma decisão “unânime”. Comandada pelo primeiro vice-presidente do
PMDB, senador Romero Jucá, a reunião durou menos de 05 minutos. Após
consultar simbolicamente os integrantes do partido, Romero Jucá decretou o
resultado da votação. A decisão do PMDB aumenta a crise política do governo
e é vista como fator importante no processo de impeachment de Dilma.
Há a
expectativa de que, diante da saída do principal sócio do PT no
governo federal, outros partidos da base aliada também desembarquem da gestão
petista. Atualmente, o PMDB detém a maior bancada na Câmara, com 68
deputados federais. O apoio ao governo, porém, nunca foi unânime dentro da
sigla e as críticas contra Dilma se intensificaram com o acirramento da crise
econômica e a deflagração do processo de afastamento da presidente da
República.