terça-feira, 16 de abril de 2019

Crônica de Notre-Dame


Ontem Notre-Dame, mostrou ao mundo mais um capítulo trágico de sua história, a França e à todos os outros países assistiram estarrecidos a Catedral das Catedrais ruir boa parte de seu legado em meio as chamas.
Por volta de 18h50 hora de Paris, 13h50 de Brasília. Uma pequena fagulha se tornaria o maior incêndio de sua história.
Se o Corcunda existisse nas torres sinaleiras da Grande Dama, como no romance de Vitor Hugo, as Badaladas dos sinos de mais de 2 toneladas, avisariam aos parisiense que a mais famosa de todas as catedrais estava em perigo.
Notre-Dame se manteve de pé durante séculos e séculos, foi à testemunha fiel da história da França e toda a humanidade. Iniciada sua construção em 1.163, deram por concluídas as obras 1345. A que seria a catedral mais famosa do mundo, nunca teve sua obra concluída, assim ficaram suas torres com o ‘topo plano’, como os franceses referem-se a elas.
Na década de 1.450, ocorreu em Notre-Dame o processo de reabilitação de Joana d'Arc, que havia sido queimada na Inquisição, acusada de bruxaria.
Foi em Notre-Dame que Henrique IV se casou em 1572, convertendo-se ao catolicismo.
Em 1.789, durante a Revolução Francesa, uma multidão subiu a fachada da igreja para demostrar sua insatisfação com a atual situação política da época.
Em 1.804, Napoleão Bonaparte foi sagrado imperador Napoleão I na Catedral.
No ano 1.831, Victor Hugo lançou o livro "O corcunda de Notre-Dame" que seria o livro mais famoso da França e abriria as portas da Catedral para o mundo, sendo o corcunda Quasímodo o seu fiel guardião.
Quando acabaram as duas guerras mundiais, já no século XX, Notre-Dame abrigou as celebrações com cantos religiosos que marcaram o fim dos conflitos.
Por Adolf Hitler antes da ocupação nazista na França, na Segunda Guerra, foi dado uma ordem: "Destruam tudo, mas poupem Paris e Notre-Dame".
Os sinos de Notre-Dame anunciaram a libertação da França da ocupação nazista, em 25 de agosto de 1.944.
Notre-Dame faz parte da história!
Hoje é o primeiro dia que sua ponteira não aponta mais para o céu, pois ontem, uma hora após o inicio do incêndio ela veio abaixo.
Foram necessárias 12 horas de trabalho intenso, de mais de 400 homens do Corpo de Bombeiros para acabar com as chamas, e garantir que mais nenhuma fagulha fizesse qualquer mal a “Grande Dama”.
Como guardião da história da humanidade, Notre-Dame em breve estará totalmente reconstruída, com toda a pompa de uma grande senhora de mais 850 anos.

Texto de Kaco Rodrigues, Revisão de Fernando Fuzari.

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