quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Conferência estadual debate propostas de melhorias para a agricultura familiar capixaba

A agricultura familiar é o foco da 2ª Conferência Estadual do Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, que começou nesta terça-feira (20) em Nova Almeida, na Serra. Cerca de 150 participantes debatem, até esta quarta-feira (21), as propostas apresentadas durante os encontros regionais para avançar na elaboração do documento que será apresentado em outubro na Conferência Nacional.
As propostas de todos os Estados formarão o Plano de Desenvolvimento Rural, que será um instrumento para superar obstáculos no trabalho de consolidação da agricultura familiar no Brasil.
“Nosso objetivo é debater as reivindicações dos movimentos ligados aos agricultores brasileiros. Todos os anos os movimentos têm seu conjunto de mobilizações e temos diálogo constante com eles. O que queremos com a conferência é discutir uma política para o meio rural brasileiro, com um olhar mais estratégico de longo prazo”, garantiu o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas.
A Conferência Estadual é promovida pelo MDA e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) em parceria com o Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
O vice-governador Givaldo Vieira, destacou que o Governo do Estado não abre mão de investir na agricultura, principalmente a familiar, como estratégia de desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo. “Todas as vezes que a produção agrícola familiar alcança recordes, sabemos que significa destinação de renda para os pequenos agricultores. O Estado é marcado majoritariamente pela agricultura familiar e é para ela que trazemos oportunidades, por meio da organização do poder público, privado e movimentos sociais. Esta articulação tem de ser feita na base, o que torna a Conferência fundamental para elencarmos as prioridades para que continuemos a investir no homem e mulher do campo. Com o apoio do Governo Federal, vamos proporcionar a inclusão social, a dinamização do agroturismo, o reforço à infraestrutura agrícola, à educação e, sobretudo, ofereceremos mais dignidade aos moradores das áreas rurais”, assinalou.

De acordo com o secretário da Agricultura, Enio Bergoli, a agricultura familiar é o modo de produção mais presente no Espírito Santo. “O objetivo do Governo do Estado é chegar a quem mais precisa, que no interior são os agricultores familiares. Temos de harmonizar o desenvolvimento capixaba e, por isso, o Governo desenvolve uma série de programas para reforçar a infraestrutura produtiva da agricultura, que é a principal atividade econômica na maioria dos municípios”, declarou.

A cerimônia também contou com a presença do secretário da Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini; do delegado do MDA no Estado, Josean da Cunha; da representante do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Arlene Boa; e do integrante da Via Campesina, Aloisio Souza da Silva, além de representantes do Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Estado do Espírito Santo (Fetaes), povos indígenas, Federação das Associações de Pescadores, União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e da Rede Estadual de Colegiados Territoriais.

Mais investimentos
Durante o evento, o Estado do Espírito Santo assinou acordo de cooperação com a União, por intermédio do MDA, visando articulação institucional para a execução das ações que compõem o Plano Safra da Agricultura Familiar 2013/2014.
Este ano, o Plano Safra prevê R$ 21 bilhões em crédito para a agricultura familiar em todo País. Mas, conforme assegurado pelo Governo Federal, se o valor ultrapassar este montante, serão liberados mais recursos. A expectativa, baseada nos financiamentos das safras anteriores, é de que sejam contratados R$ 700 milhões por agricultores da região.

No Espírito, mais de 80% das propriedades agropecuárias são da agricultura familiar. As medidas visam o aumento da produção de alimentos, ampliação da renda dos agricultores e maior produtividade, com inovação tecnológica.

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