A bancada federal capixaba continua na briga por
mudanças na concessão da BR-262, que liga o Espírito Santo a Minas Gerais,
principalmente com relação à cobrança de pedágios. O
senador Ricardo Ferraço, membro da Comissão de Infraestrutura do Senado, contou
que a expectativa da bancada é de que o governo “faça uma reflexão sobre o
quanto nós precisamos dessa obra, mas uma obra sem pedágio”. Ele disse que o
estado briga para ter a duplicação da rodovia, sem a cobrança de pedágio.
Os problemas começam com o fato de os capixabas que
usam a BR-262 terem que pagar pedágio antes de os benefícios chegarem, com o
agravante de a obra no trecho do estado ser tocada pelo Departamento Nacional
de Infraestrutura e Trânsito (Dnit) com verba federal, sem um centavo da
concessionária, conforme destacou o senador. O leilão de concessão do trecho
que corta o estado está marcado para 18 de setembro, com previsão de assinatura
do contrato em 9 de dezembro.
Ferraço explicou que a bancada briga há anos pela
duplicação da BR-262 e a conquista foi a inclusão do projeto no Programa de
Aceleração do Crescimento, do governo federal, mas que a concessão contém
falhas e erros. “Não podemos abrir mão da duplicação da BR-262, que antes de
ser um eixo fundamental para o nosso desenvolvimento, é uma rodovia que precisa
assegurar uma condição de fluxo segura a todos os capixabas e brasileiros que
ali passam. Nossa expectativa, sinceramente, era de que essa obra fosse feita
sem pedágio, por tudo que temos administrado nesses anos, pelas perspectivas
que gerou o governo federal, que nós capixabas seríamos compensados”, disse.

Apesar disso, Ferraço afirmou que a bancada considera justa
a cobrança de pedágio após a conclusão das obras da BR-262. “Consideramos justo
que houvesse algum tipo de pedágio, mas isso após a conclusão da obra,
compatível com a manutenção e conservação da rodovia.