O coronel aposentado Walter Gomes Ferreira já está em
liberdade. A decisão de libertá-lo, concedida pela Vara de Execuções Penais
de Vila Velha, ocorre 06 dias antes do militar retornar ao banco dos réus por
outro crime: a morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, do qual ele é
acusado de ser um dos mandantes. No início deste mês ele conquistou o regime
semiaberto. Ferreira foi liberado do Quartel da Polícia Militar, em Maruípe,
Vitória.
Ele voltou a ser preso em abril deste ano pelo assassinato do
fazendeiro Antônio Costa Neto, ocorrido em 20 de maio de 2002, em Colatina,
pelo qual foi condenado, em 2009, a 16 anos de prisão em regime fechado. Na
época em que o fazendeiro foi morto, o coronel já estava preso por envolvimento
em outro assassinato. Ao todo ele chegou a cumprir mais de 06 anos de prisão
antes da condenação. No mesmo ano, 2002, também foi morto Manoel Correia da
Silva, testemunha contra crimes que teriam sido praticados pelo militar e pelo
juiz aposentado Antonio Leopoldo.
O militar foi acusado também pela morte da
testemunha. No dia 24 de março de 2003, o juiz
Alexandre Martins de Castro Filho, de 32 anos, foi assassinado com 03 tiros
quando chegava a uma academia, em Itapoã, Vila Velha. Ele estacionou o carro
e foi baleado na rua. Alexandre integrava a missão especial federal que,
desde julho de 2002, investigava as ações do crime organizado no estado.
