A Câmara Federal
aprovou com um apoio parcial do governo uma correção escalonada para o saldo do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O problema é que os trabalhadores
que acreditavam ter um aumento na rentabilidade do recurso igual à poupança
ainda neste ano terão os desejos frustrados.
As remunerações do fundo só se
igualarão à caderneta em 2019. E nem todo o dinheiro vai contar com esses
índices de reajuste: apenas depósitos feitos a partir de janeiro de 2016 serão
revisados pelas novas taxas de juros. O Projeto de Lei 4.566/08 que prevê
essa alteração agora segue para ser apreciado pelo Senado.
A princípio,
o Planalto trabalhou para que o projeto sequer fosse votado. Diante de uma
iminente derrota, decidiu negociar para que a nova correção não fosse aplicada
já no próximo ano. A proposta da equipe econômica feita ao deputado
Rodrigo Maia foi de um escalonamento em 11 anos, depois a União aceitou reduzir
para 08 anos, mas o relator decidiu pelo que considerou um meio-termo: 04 anos. Rodrigo Maia diz que não há radicalismo em sua proposta.