O papa Francisco assinou o decreto para o canonização da Madre Teresa de Calcutá, que acontecerá provavelmente em 04 de setembro de 2016. Francisco assinou o decreto que reconhece a "cura extraordinária" de um brasileiro, em 2008, que se encontrava em fase terminal por graves problemas cerebrais, após a intervenção divina da fundadora da Congregação das Missionárias das Caridade. O "milagre" ocorreu quando o doente, em coma, seria operado, mas por causa de problemas técnicos a intervenção cirúrgica teve de ser adiada por meia hora.
Ao voltar à sala de operações o médico encontrou o doente sentado, desperto, perfeitamente consciente e perguntando o que fazia ali.O médico explicou, durante a fase de estudo do suposto milagre, que “nunca viu um caso como esse” e que todos os doentes com os mesmos problemas, que passaram por ele em 17 anos de profissão, tinham morrido. As análises sucessivas do caso revelaram a cura da patologia cerebral em curto espaço de tempo e sem sequelas, o que levou o brasileiro a retomar sua vida. As provas obtidas durante o processo de estudo do caso mostram que as pessoas próximas do doente - de quem a esposa era devota - rezaram muito a Madre Teresa de Calcutá.
A Ordem das Missionárias da Caridade celebrou hoje, em Calcutá, o anúncio da canonização. Inês Gonxha Bojaxhiu, nome de Madre Teresa, nasceu em 26 de agosto de 1910 em Skopje, capital da atual república da Macedônia, na comunidade albanesa. Ela foi beatificada em 2003, depois de o Vaticano ter reconhecido como um milagre a cura de um tumor no abdome de uma mulher indiana. Durante meio século, Madre Teresa desenvolveu um trabalho social em Calcutá com as Missionárias da Caridade. Em 1979, foi recebeu o Prêmio Nobel da Paz. As Missionárias da Paz contam hoje com cerca de 4.500 religiosas, que trabalham em mais de 130 países na assistência aos pobres e doentes. Teresa de Calcutá morreu em 05 de setembro de 1997, aos 87 anos, na sede da congregação, onde morava.