Após
ter sido notificado da decisão do Senado Federal, que aprovou a abertura de
processo de impeachment e o afastamento por até 180 dias de Dilma da
Presidência da República, o vice-presidente Michel Temer anunciou por meio de
sua assessoria os nomes dos ministros que integrarão o ministério do novo
governo. Temer recebeu a notificação do senador Vicentinho Alves,
primeiro-secretário do Senado. Antes de notificar Temer, no Palácio do
Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, Vicentinho Alves já tinha
intimado a presidente Dilma, no Palácio do Planalto.
Entre
os nomes anunciados hoje, alguns já haviam sido divulgados informalmente por
interlocutores de Temer ao longo das últimas semanas, como Henrique Meirelles
(Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel
Vieira Lima (Secretaria de Governo).
Dos
21 ministros anunciados pela assessoria de Temer nesta quinta-feira, 06 são do
PMDB, partido que terá o maior número de filiados no primeiro escalão do
governo - esse número ainda pode crescer, pois alguns ministros ainda não foram
confirmados. Partidos que integraram a base de Dilma, como o PP e o PSD,
decidiram apoiar o impeachment da presidente dias antes da votação na Câmara e
integrarão o governo Temer.
Dois ex-ministros da presidente afastada, que saíram há pouco tempo,
voltarão a ser ministros: Henrique Alves (Turismo) e Gilberto Kassab (Ciência e
Tecnologia e Comunicações). Por outro lado, partidos que sempre fizeram oposição a Dilma, como
PSDB, DEM e PPS, agora passam a ser governo e vão comandar ministérios da
gestão do presidente Michel Temer.