O Ministério Público Federal,
que investiga o desastre causado pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariama, Minas Gerais, informou que uma ação contra as mineradoras Samarco, Vale e BHP, pede 155 bilhões de reais
em reparação aos danos causados. O valor foi anunciado em Belo Horizonte pelos
procuradores da República José Adércio Leite Sampaio, Eduardo Aguiar, Jorge
Munhós e Eduardo Santos de Oliveira, que integram a força-tarefa do órgão.
O
rompimento da barragem de Fundão, que pertence à mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, destruiu o distrito de Bento
Rodrigues, em Mariana, e afetou outras localidades, além das cidades de Barra
Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades na Região
Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo. Dezenove pessoas morreram.
O
desastre ambiental é considerado o maior e sem precedentes no Brasil. A ação
civil, resultado de 06 meses de investigação, tem 359 páginas e apresenta mais
de 200 pedidos que buscam a reparação integral dos danos econômicos, sociais e
ambientais causados pelo rompimento da barragem. A tragédia vai completar 06
meses na próxima quinta-feira.