Com
a mudança do vento nos últimos dias, os rejeitos da lama de Mariana, em Minas
Gerais, que antes seguiam para o Norte, agora vão em direção ao Sul, em direção
às praias de Aracruz, no Espírito Santo. As informações sobre a alteração
são da mineradora Samarco.
A
Prefeitura de Aracruz garantiu que ainda não foi registrado nenhum vestígio da
lama de rejeitos de minério no litoral da cidade. O que aconteceu foi que
uma mancha dessa lama, bem mais clara, foi observada a cerca de 30 quilômetros
de distância da costa de Aracruz, mar adentro. No
balneário de Santa Cruz, no encontro entre os rios Piraquê-Açu e Piraquê-Açu
Mirim, existem ilhas e manguezais que podem estar ameaçados. A área é
protegida e a preocupação é que a lama fique concentrada no local.
Segundo o biólogo André Ruschi, a lama vem descendo em
direção à maior unidade de conservação marinha do Espírito Santo, que fica em
Aracruz. A área de proteção ambiental Costa das Algas e o Refúgio da Vida
Silvestre, de Santa Cruz, são grandes berçários de tubarões, baleias, arraias e
tartarugas. A reserva de Comboios, que pertence aos índios tupiniquins,
também está no possível caminho da lama.