Os 02 condenados como
executores do juiz Alexandre Martins de Castro Filho foram as primeiras
testemunhas de defesa do ex-policial civil e empresário
Claudio Luiz Andrade Batista, o Calú, a prestarem depoimento ontem, no terceiro
dia do julgamento dos suspeitos de serem
os mandantes do crime, ocorrido em 2003. Odessi Martins da Silva, o
Lumbrigão, e Giliarde Ferreira afirmaram que o assassinato do juiz foi
latrocínio. Ambos contaram que foram
torturados por policiais para confessarem que o crime foi encomendado.
Os 02
depuseram na condição de informante, que tem um peso menor no processo. Em depoimento, Giliarde Ele revelou que, quando foi preso, no mesmo dia do crime, foi levado para uma praia
deserta por 04 policiais à paisana. No local, eles o espancaram para
que ele dissesse quem mandou matar o juiz Alexandre Martins. Ele não confessou e disse que não havia mandante, já que
tratava-se de um roubo malsucedido. Tanto Giliarde quanto Lumbrigão
deram versões semelhantes sobre o que aconteceu no dia do crime.
Eles
disseram que o juiz estava armado e reagiu ao assalto. Houve troca de tiros
e 01 dos disparos atingiu Alexandre Martins, que não resistiu. A ação aconteceu na porta de uma academia em Itapoã. Os 02 criminosos disseram que fugiram levando só a arma que estava com a
vítima. Somente algumas horas depois, pela televisão, eles souberam que se
tratava de um magistrado.