sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Mediação do Ministério Público Federal no Espírito Santo evita conflito em áreas indígenas de Aracruz.




Após um dia inteiro de negociações, o Ministério Público Federal no Espírito Santo, por meio do procurador-chefe Julio de Castilhos e do procurador da República Fernando Amorim Lavieri, conseguiu reverter a situação de crise e possível conflito entre as comunidades indígenas das etnias Tupinikim e Guarani e Escelsa, em Aracruz. Tropas da Polícia Militar e policiais federais estavam no local e tinham ordem judicial determinando que eles impedissem qualquer ação dos indígenas de obstruir a circulação de funcionários e veículos da empresa no local das torres. 
Com a intervenção do Ministério Público e a realização de uma reunião de conciliação com representante da Escelsa, os indígenas se comprometeram a não causar qualquer dano e permitir a presença de técnicos de manutenção da empresa no local, hoje. No entanto, eles permanecerão de prontidão na área até a próxima quarta-feira, dia 16 de dezembro. Nesta data será realizada uma nova reunião com representantes do Ministério Público Federal, da empresa Escelsa, das comunidades indígenas, da Funai e da União. 
As comunidades reivindicam uma compensação financeira por parte da empresa que tem torres de transmissão de energia instaladas nas terras indígenas. Os representantes das comunidades ocupam a área onde estão localizadas as torres desde o dia 30 de novembro. Conforme a decisão judicial que impede os índios de causarem danos às estruturas de transmissão, caso ocorressem avarias nestes locais, os reparos poderiam ser superiores a 30 dias o que deixaria aproximadamente 82 mil moradores da região sem o abastecimento de energia elétrica.
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