Um inquérito civil será instaurado pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo para avaliar as consequências e os impactos sociais e ambientais provocados, em municípios capixabas, pelo rompimento das barragens da empresa Samarco em Mariana, Minas Gerais. Os trabalhos serão acompanhados pelo Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente e das Promotorias de Justiça dos municípios afetados.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Espírito Santo, amanhã, uma equipe técnica deve ser encaminhada ao interior do Estado para levantamento de dados. Os municípios capixabas que podem ser atingidos pelos rejeitos de minério são Colatina, Baixo Guandu e Linhares. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo informa ainda que já orientou os municípios a elaborarem laudos de gastos do erário com prejuízos e atividades emergenciais com o episódio, a fim de que possam ser ressarcidos. Promotores de Justiça estão de sobreaviso para acompanhar de perto o episódio e, dentro de suas atribuições, dar o apoio necessário ao poder público e à população afetados.
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo também orienta órgãos públicos e associações de pescadores e ambientais para, nas respectivas esferas de atribuição, coletarem e acautelarem informações, fotos, filmagens documentos e outros elementos de convicção sobre eventuais prejuízos relativos à onda de rejeitos ao longo da calha do Rio Doce, oriunda do rompimento das barragens em Mariana, para posterior encaminhamento ao Ministério Público, para preservação da prova e para permitir a adoção das respectivas medidas de reparação dos danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados.