O Instituto Estatual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos intimou a
empresa Samarco em função dos impactos ambientais e socioeconômicos causados no
Espírito Santo pela lama de rejeitos que atingiu o Rio Doce. A
determinação é para que a empresa promova todo o apoio necessário aos
municípios e aos cidadãos capixabas que forem atingidos pela onda de lama e
realize ações que minimizem os impactos ambientais decorrentes da
impossibilidade do tratamento de água nos locais afetados, assim como pelo
comprometimento de outros usos que são feitos do Rio Doce, como agricultura e
pesca, por exemplo.
Conforme a intimação do Iema, imediamente, a Samarco deve distribuir água potável para consumo humano e dessedentação animal; monitorar a qualidade da água do Rio Doce e também do mar
a ser atingido pela lama para verificar a presença de contaminantes e
identificá-los.
A empresa terá ainda que disponibilizar
aeronave para sobrevoo dos profissionais envolvidos nas ações preventivas e de
mitigação da onda de rejeitos e uma
equipe multidisciplinar para monitorar os impactos na fauna, flora, água e para
as pessoas, emitindo laudos técnicos para o Iema com informações que ajudem a
minimizar os impactos, inclusive, com avaliações de cenários futuros. Após a passagem dos rejeitos, a empresa deve providenciar também a limpeza de
toda a área afetada pela lama, enquanto for verificada a presença de poluente.